domingo, 22 de agosto de 2010

Sou uma casa vazia

A casa vazia


A minha vida é uma casa vazia,
Cheia de mobílias, loiça e artefactos,
Cores diversas, madeiras, paredes,
Tudo arrumado fora do seu lugar,
Mesmo que a aqueça está sempre fria,
As roupas mais novas só são farrapos,
Os móveis mais fortes, parecem-me redes,
O ar que lá respiro faz-me sufocar.




Estou farta de nela tentar viver,
Quando entro apetece-me sair,
Quando saio apetece-me entrar,
Neste vai e vem sinto-me á deriva;
Olho para trás e tento entender,
Se fosse diferente o que ia sentir,
Mas o presente é que está a contar,
Como a casa vazia é a minha vida.

4 comentários:

  1. Deixemos o rio correr,vai para um Mar muito longe.Não vale a pena pensar-mos muito.
    Silenciosamente aprendamos a viver sem desassossegos grandes.

    bj
    amigo

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  2. Dora já tinha lindo os teu versos,como és uma poetisa, pensei que não fossem dirigidos á tua pessoa.Agora vi que não!Vamos lá levantar essa moral! Eu por vezes digo que sou como o Antonio Variações, só estou bem onde não estou. São fazes da vida ,mas temos que reagir e ter pensamentos positivos.Uma beijoca grande e calma.Vai ao médico,ver oque se passa

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  3. Dora estás bem? segue em frente. A vida é assim. uns dias bons outros menos bons. Jinhos carminda

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  4. Dorinha...não quero sequer pensar que pensamentos negativos invadiam esse coração e mente tão puros. São muito bons os seus poemas. Porque não criar um heterónimo?

    Bjito

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